segunda-feira, 29 de abril de 2013


CIDADES DESERTAS
Não sei quanto tempo vou viver
Longe do meu ser
Não sei até quantas horas vou aguentar
A existência de um mundo onde vejo:
Meninos perdidos,
Sonhos desperdiçados.
Dentro do meu ser
Habita um ser de justiça
Ele quer sair...
Ir para as praças
E não ver tanta sujeira
Tanta ingratidão
E o descaso com a vida.
O ser humano por si só
Está se destruindo
Onde foi parar o respeito?
Onde foi parar a amizade sincera?
Quantos podemos chamar realmente de amigos?
Não sei.
Olho em volta
Vejo olhares distantes.
Somente vejo a frieza
Das cidades desertas
Mas está cheia de evolução, desenvolvimento
Tecnologia
E a amizade onde foi parar?
Foi parar atrás de telas mudas
E distantes
Encontros somente facebook
Se em minha vida tem um ou dois que possa chamar de amigo
É muito pouco
Estou ficando velha e cansada
Cansada de olhares mudos
E corações desertos
E do silêncio na alma.
Que vejo em cidades povoadas em revolução
E tecnologias de olhares calados...
TELMA SANCHEZ
29-03-2013



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