CIDADES DESERTAS
Não sei quanto
tempo vou viver
Longe do meu ser
Não sei até
quantas horas vou aguentar
A existência de
um mundo onde vejo:
Meninos perdidos,
Sonhos
desperdiçados.
Dentro do meu ser
Habita um ser de
justiça
Ele quer sair...
Ir para as praças
E não ver tanta
sujeira
Tanta ingratidão
E o descaso com a
vida.
O ser humano por
si só
Está se destruindo
Onde foi parar o
respeito?
Onde foi parar a
amizade sincera?
Quantos podemos
chamar realmente de amigos?
Não sei.
Olho em volta
Vejo olhares
distantes.
Somente vejo a
frieza
Das cidades
desertas
Mas está cheia de
evolução, desenvolvimento
Tecnologia
E a amizade onde
foi parar?
Foi parar atrás
de telas mudas
E distantes
Encontros somente
facebook
Se em minha vida
tem um ou dois que possa chamar de amigo
É muito pouco
Estou ficando velha
e cansada
Cansada de
olhares mudos
E corações
desertos
E do silêncio na
alma.
Que vejo em
cidades povoadas em revolução
E tecnologias de
olhares calados...
TELMA SANCHEZ
29-03-2013