terça-feira, 20 de março de 2018

POETA ERRANTE


Minha sevícia loucura
Que se esconde em sonhos perdidos
Alucinado meus olhos sangram.

Hemorragia ilusória
De veias que incham
o meu corpo desnudo de alegria.

Sou ultrapassada ferida
Que infecciona lateja
e queima como febre
Que não passa
Somente ameniza.

E que analgésicos poderei tomar?
eu poeta que desatino.
Ameniza a dor
poeta que desanda!

Quero encontrar um doutor que me passe
as receitas
para que essa dor que tenho na alma
acalme...
E que me tire deste coma
Induzido por falsas promessas

Doutor esse que não venha
com exames prognósticos de mente
mas um que entenda de alma andante, vadia e poeta.
Telma Sanchez

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